quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Soneto de Natal
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno,
—Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Machado de Assis
Noite cristã, berço do Nazareno,
—Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Machado de Assis
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Parabéns pelo seu espaço.
ResponderExcluirSe todos que se propõe a ter um blog ultilizasse de forma a enriquecer quem o conhece, teríamos uma legião de anjos, assim como voce, ajudando esse mundo a ficar mais bonito e sobrevivível.
Xero,
Carlinhos.