Eu fico encantada ao ler Mário Quintana, para mim seus poemas são mágicos, ao mesmo tempo que nos remete a realidade, conseguimos viajar na poesia.
Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118
sem contar que às vezes nos premia com um choque de realidade.
ResponderExcluirConheci Quintana aos 15 de idade. Há outros 15 redescubro o pueta ao reler os seus escritos.
Que lindo...
ResponderExcluirA Esperança dá vida
Obrigada pela visita, gosto muito de te ver por aqui.
ResponderExcluirUm grande abraço e um feliz fim de semana.
Ricardo, obrigada pela visita, volte sempre que desejar.
ResponderExcluirUm abraço.