Lindo, lépido e louro,
ele soltou a janela do meu quarto
e veio manso, de manso, de mansinho,
sobre o tapete, dançando, bailando!
Com prodigalidades de rei mago,
espalhou riqueza em minha sala pobre
e ofertou-me um rútilo tesouro
na salva de ouro
de suas mãos esguias e luminosas.
E eu me deixo ficar na saleta tranqüila
com ares de grão-vizir ou grão-mongol,
vendo, diante de mim,
dançar a dança de Salomé da luz
- meu raio lindo, lépido e louro de sol!
Filgueiras Lima
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