Franzia a tarde tímida e lavada,
Eu saía a brincar, pela calçada,
Nos meus tempos felizes de menino
Fazia, de papel, toda uma armada;
E, estendendo o meu braço pequenino,
Eu soltava os barquinhos, sem destino,
Ao longo das sarjetas, na enxurrada...
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
Que não são barcos de ouro os meus ideais:
São feitos de papel, são como aqueles,
Perfeitamente, exatamente iguais...
- Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
Guilherme de Almeida
o facto que sejam de papel não lhes impede seguir sendo barcos
ResponderExcluirizelda,
ResponderExcluirvim visitar este teu espaço tão agradável e gostei demais
voltarei outras vezes
grande abraço
Olá, Joan!
ResponderExcluirConcordo com você. E assim como os barcos, nós também demos sempre seguir em frente seja qual for a nossa condição.
Abraços e muita PAZ para você e sua família.
Boa tarde, grande POETA!
ResponderExcluirObrigada pela visita, fiquei feliz que tenha gostado do meu cantinho de poesias. Seja sempre muito bem vindo.
Abraços e um final de semana com muitas alegrias para você e seus familiares.
Estes versos me acompanham desde a infância quando estudava em uma escola pública, trazidos por uma mestre, me marcaram muito e eles querem dizer uma coisa bem simples "Na vida a busca por ideias de ouro nem sempre acontece, muitas das vezes eles são simples e humilde e temos de nos contentar com eles". Excelente, vibrante, creio que o autor tinha se encontrado consigo mesmo quando escreveu!
ResponderExcluirMeus parabéns pelo cantinho!
ResponderExcluirTenho estes versos guardados infância a fora. Recebi este poema de uma professora chamada Maria Brandão da Escola Bahia. Se hoje tenho 46 anos, creio que se ela estiver viva, deve estar bem idosa.
ResponderExcluirSó sei que nem a imgem dela e nem este poema saem da minha mente...
Ah infãncia por quê andas tão rápida, deixando o tempo voar, gostaria de poder te amarrar para nunca de ti me afastar.
ResponderExcluirNão damos ouvidos aos mais velhos que nos dizem aproveite a melhor fase de sua vida, fazemos ao contrário querendo logo crescer e ao acordar do sonho estamos afastados demais para voltar.
Obrigadapelo versos que deixram à este post, deixam o córrego de areia ainda mais poético.
ResponderExcluirgrande abraço à Zelma e ao anônomo.
Ja faz tempo, na época de ginasio, nos anos 70 que fiz uma redação sob este poema.
ResponderExcluirÉ uma obra prima maravilhosa, que relata os sonhos de muitos. Quantos de nos desejamos sucessos na vida, mas infelizmente, não é como a gente pensa, é apenas ´´barcos de papel´´, voa de nossas mãos toda a esperança e vai de rio a baixo.