me põe na boca o gosto doce de romã madura,
formosa estrela canta a luz na madrugada escura,
cravando um raio de esperança e paz na minha rua.
De manhã, o sol bate solidão feroz no peito
e uma voz rouca vem com o vento despertar os medos,
me intimida, sufoca, mas lembra que os meus dedos
somam mais que os obstáculos aos quais estou afeito.
E, como que para livrar de toda culpa e pesadelos,
navego a esmo a vida com paixões, canções e aos poucos
transformo em frases os meus últimos fios de cabelo.
Entrego-me corpo e alma aos versos de um poema novo
que espalham pensamentos desvairados, quase loucos...
Sou meu fiel juiz, dito a sentença e logo me absolvo.
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