tem dias que calo
não pelas palavras
que me tiraram
e sim
pela saudade dos amigos
que me faltam
calado,
me entrego à lembranças
que dispensam palavras
e giram o moinho de água
dos meus olhos
tem dias que calo
e me digo mais palavras
do que quando falo
calado
reinvento alegrias,
recupero vozes
e dou movimento a imagens
que se perderam no outro lado
das pontes caídas
tem dias que calo
e mesmo assim,
falo
© Ademir Antonio Bacca
do livro “O Relógio de Alice”
terça-feira, 24 de abril de 2007
do silêncio que fala
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minha amiga,
ResponderExcluirobrigado pela publicação do meu poema aqui neste teu cantinho
grande abraço
Amo poesias. E as suas são belíssimas, e quis publicar aqui onde estou sempre postando (na minha opinião) o que há de melhor dos poetas que mais admiro.
ResponderExcluirPublicarei outras, não tenha dúvidas.
Abraço!