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Poemas, mensagens e relatos da vida.
"Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida."
Fernando Pessoa
Bela e profunda poesia!
ResponderExcluir"- Eu desejo te pedir perdão, por tudo!" ...
O perdão eleva a alma...
ResponderExcluirMAREMOTO SEM MARÉ
ResponderExcluirTudo o que dizes
Faz-me sentir
Como se não aguentasse em pé sozinho
Num mundo melhor que eu.
Porque é que dito por mim é entulho banal?
Não sou falso, nem mera cópia do que me persegue,
Sou eu,
Estás é farta de me conhecer.
Deita-te e fecha os olhos, para sempre, se necessário
Sem magoar a memória, sem adversários imbatíveis
Que verei ao acenar de longe,
Contendo o instinto e as novidades de que tenho saudades.
Dando a volta outra vez
Vejo com a clareza da luz solar
A apoteose de desilusão que os relógios roubavam ao tempo,
Tu sabias porque eras tu quem o sentias.
Quando chegou foi como se perdesse a força e
Encontrasse a paz no silêncio dum destino em anarquia,
Não soube fazer-te o bem de não fazeres nada e
Agora as luzes fundem-se debaixo da minha pele.
É a tua vez de escolher sozinha
Se procrias verdade ao respirar,
Pois iludes-te sem saber que as
Moedas neuróticas têm mais de sete faces.
Assim contradigo a calma deste maremoto
Onde aprendi e sei tanto quanto qualquer outro:
Que flores não mudam nem morrem sem motivo
Em aparentes horas de aplausos e leves pestanejares.
Imagino então uma troca,
Será que aguentavas o desabrochar, o auge e a queda
Do rochedo e enorme fardo de amor
Em que te tornei?
Foi tão óbvio quanto inesperado, tão fácil para ti que meteu dó,
Mal o sol fraquejou desapareceste para outra utopia,
Mentiras teriam sido evitadas
Mais os dramatismos exagerados dum poema mal escrito.
2003
in FOTOSINTESE
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