Outro dia recebi por e-mail uma poesia de uma amiga muito querida, que agora também é acadêmica da ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Neste post quero homenageá-la por ser uma das presenças assídua do Córrego de Areia.
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, escritora e cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, é nordestina de fibra, poeta e uma grande mulher.
A você amiga, meus parabéns, e muito sucesso sempre.
A Morte da Ingazeira
Às margens do rio Pai Mané
Soberana e altaneira,
Em meio a tantas árvores
Destacava-se uma ingazeira.
Sua beleza era tanta
Que roubava a atenção
Daqueles que passavam
Por aquela região.
O meu olhar encantado,
Admirava sem cansar
A obra da natureza
Ornamentando o lugar
Passei algum tempo fora
Mas dela nunca esqueci
Quando voltei a cidade,
P’ra revê-la então corri
Qual não foi minha tristeza,
Qual não foi minha agonia,
Em vez da árvore frondosa,
apenas um esqueleto havia
Aquele esqueleto é o símbolo,
Da farta destruição,
Motivada pelas queimadas,
Prática em nosso sertão.
Dalinha Catunda