domingo, 8 de março de 2009

Todo dia, é dia da Mulher!!!


Feliz Dia Internacional da Mulher!!!

Mulheres fracas, fortes.

Não importa.

Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade

São fortes o bastante para erguerem sempre a cabeça

Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores

A força de ser mãe,

O carinho de ser esposa,

Reciprocidade de ser amiga,

A paixão de ser amante,

E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,

Somos sempre tema de poemas

Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudo,

Calmas, agitadas, lentas!

Vaidosas, charmosas, turbulentas.

Mulheres fortes e lutadoras.

Mulheres conquistadoras,

Que amam, que querem ser amadas

Elegantes e repletas de inteligência

Com paciência

O mundo soube conquistar.

Mulheres duras, fracas.

Mulheres de todas as raças

Mulheres guerreiras

Mulheres sem fronteiras

Mulheres...

Mulheres...


(Autora: Rozilene Souza)

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sexta-feira, 6 de março de 2009

Um poema, um presente...

Recebi este poema de uma amiga e poetisa muito querida, Dalinha Catunda. Que sempre nos visitar e deixa carinhosos versos ao Córrego de Areia.




Texto e foto de Dalinha Catunda



Lembranças do Interior


Boina na boca do pote.

Água fresca naturalmente.

O pote por fora suado,

Matava a sede da gente.


Era água de cacimba,

Que a natureza servia.

No copo de alumínio

No interior se bebia.


No ranchinho que possuo

Lá pras bandas do sertão.

Tem lá um banco de pote

Preservando a tradição.


Dalinha Catunda


segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais uma descoberta.

Jorge de Lima, mais um poeta brasileiro pouco conhecido mas, de grande importância para nossa literatura.
Inventivo, engenhoso, disposto a experimentalismos e extremamente sensível ao drama humano, Jorge de Lima foi um dos maiores tradutores da alma brasileira. Capaz de dar profundidade ao pueril e doçura ao trágico, sua poesia envolve e contamina o leitor num clima de busca essencial.

Os textos de Jorge de Lima abrigam uma colossal possibilidade de leituras (a convivência entre a tradição e o novo, o vulgar e o sublime, o regional e o universal) refletem um artista em constante mutação, que experimentou estilos diversos como o parnasiano, o o regional o barroco, o religioso. Na sua multiplicidade, Jorge de Lima pertence a todas as épocas, mesmo se reportando a um tema ou uma situação específica, ao tocar em injustiças sociais que mudaram pouco desde o início da civilização e quando escreve sobre as grandes dúvidas de todos nós, "...da miséria humana, da tentativa de superação de nossas amarras e de nossas limitações.", explica o poeta e jornalista Claufe Rodrigues, leitor voraz de Jorge de Lima.

Inverno


Zefa, chegou o inverno!
Formigas de asas e tanajuras!
Chegou o inverno!
Lama e mais lama
chuva e mais chuva, Zefa!
Vai nascer tudo, Zefa,
Vai haver verde,
verde do bom,
verde nos galhos,
verde na terra,
verde em ti, Zefa,
que eu quero bem!
Formigas de asas e tanajuras!
O rio cheio,
barrigas cheias,
mulheres cheias, Zefa!
Águas nas locas,
pitus gostosos,
carás, cabojés,
e chuva e mais chuva!
Vai nascer tudo
milho, feijão,
até de novo
teu coração, Zefa!
Formigas de asas e tanajuras!
Chegou o inverno!
Chuva e mais chuva!
Vai casar, tudo,
moça e viúva!
Chegou o inverno
Covas bem fundas
pra enterrar cana:
cana caiana e flor de Cuba!
Terra tão mole
que as enxadas
nelas se afundam
com olho e tudo!
Leite e mais leite
pra requeijões!
Cargas de imbu!
Em junho o milho,
milho e canjica
pra São João!
E tudo isto, Zefa...
E mais gostoso
que tudo isso:
noites de frio,
lá fora o escuro,
lá fora a chuva,
trovão, corisco,
terras caídas,
córgos gemendo,
os caborés gemendo,
os caborés piando, Zefa!
Os cururus cantando, Zefa!
Dentro da nossa
casa de palha:
carne de sol
chia nas brasas,
farinha d'água,
café, cigarro,
cachaça, Zefa...
...rede gemendo...
Tempo gostoso!
Vai nascer tudo!
Lá fora a chuva,
chuva e mais chuva,
trovão, corisco,
terras caídas
e vento e chuva,
chuva e mais chuva!
Mas tudo isso, Zefa,
vamos dizer,
só com os poderes
de Jesus Cristo!

(Jorge de Lima)
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