quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Poesia brasileira...



"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
Cecília Meireles



Cecília Meireles, poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica e altamente personalista, freqüentemente simples na forma mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu a ela importante posição na literatura brasileira. Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Sua obra em prosa fala muito de sua infância de menina sozinha, pois era órfã, foi criada por sua avó materna D. Jacinta.
Como professora empenhou-se na renovação da Educação, tendo organizado a primeira biblioteca infantil do país.


Um poema...

É preciso não esquecer de nada

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
em o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquece
r é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.


Cecília Meireles



Foto: Izelda Maia

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Prá matar a saudade...

As circunstâncias levaram-me à margem por muitos dias, mas, cá estou de volta à pôr os pés na areia deste córrego para abraçar e agradecer a cada um de vocês que aqui vieram no ano que passou e dizer da felicidade de recebê-los em minha casa virtual. Espero que em 2008 continuemos com essa interação e amizade através dos blogs pelo mundo a fora...

Estive por alguns dias fora da internet e hoje ao retornar, tive a grata surpresa de receber por e-mail um lindo poema enviado pelo próprio autor o amigo e poeta Romério Rômulo, e quero compartilhar com todos que amam a poesia e em especial a Carlinhos Medeiros da bodega cultural que sei também recebeu em primeira mão este poema.

"se do amor"

se de amor eu canto o meu,somente,
na podridão da terra,entre brados tamanhos,
os tempos que perdi foram antanhos
e cabem no meu corpo já fervente.
brados passaram,em dores e mortalhas,
pisos vadios,estados diferentes.
eu peço,amor,do teu amor migalhas
que possam abismar todas as gentes.
vilão, daqui,em campo de batalhas,
só me atormenta a espada do vilão
que sem saber me cobre.indiferentes
do que me dói,os corpos destas terras
nem sabem o que dão e se me dão
alguma luz pra me tirar das trevas.

 

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