sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Assim como as borboletas...


Amigas e amigos do Córrego de Areia, adorei este poema do célebre Drumond, que recebi de uma amiga, e que tem o poder de nos fazer refletir e renovar às forças para continuarmos a jornada e fazermos as transformações necessárias ao longo do caminho.
Um feliz fim de semana a todas e a todos.


Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e necessário "recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você mesmo de novo!!
Sofreu muito nesse período...?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...
Tá se sentindo sozinho? Besteira...
tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
Tem tanta gente esperando um sorriso seu para "chegar" até você.
Quando nos trancamos na tristeza...
nem mesmo, nós mesmos, nos suportamos, ficamos horríveis...
o mal humor vai comendo nosso fígado, até a boca fica amarga.
Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...
Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos, já,
se desejarmos fortemente o melhor
e principalmente lutarmos pelo melhor,
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E hoje é o "dia da faxina mental"...
Joga fora tudo que te prende ao passado,
ao mundinho de coisas tristes, fotos...
peças de roupas... papel de bala... ingressos de cinema...
bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos "julgamos apaixonados"...
jogue tudo fora... mas principalmente... esvazie seu coração...
fique pronto para a vida, para um novo amor...
LEMBRE-SE: somos apaixonáveis!!!
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
afinal de contas... nós somos o AMOR!!!
"Porque sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura."

(Carlos Drumond de Andrade)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Todos os caminhos...

Primeiro quero me desculpar aos amigos e visitantes do Córrego de Areia, por não estar retribuindo da mesma forma o carinho das visitas e comentários aqui dispensados. Creiam, é tão somente as atribulações da vida... Mas suas presenças através dos "versos" (comentários), são alimento da minh 'alma, enchendo-me de alegria o carinho e amizade de todos. Depois gostaria de dedicar a vocês esta belíssima poesia da portuguesa Maria Mamede, que tive o prazer de conhecer através do seu blog Xangrilah, que eu recomendo à toda alma amante da poesia.


INTEMPORAL

Venho da lonjura dos caminhos
a desafiar passados...
venho da turba que passa
das ondas dos trigais
dos pés andarilhos
dos passos ritmados do tempo
que me empoeira de estrelas...
venho nos ventos
nas brisas murmurantes
nas auroras de luz
nos ocasos de cor
no olor das rosas...
e caminho
incessantemente
uma e outra vez
pelos córregos estreitos
dos peitos em dor...
venho por mim
e por ti
meu amor, meu irmão
enquanto puder ser
estrela guia
e ponte
atravessando abismos...
e há quantos passados te espero!
Há quantos futuros te anseio!
Venho
da lonjura dos caminhos
só para te pegar pela mão!...


Maria Mamede

domingo, 12 de agosto de 2007

Camões

Resolvi postar no córrego de areia algo sobre CAMÕES, considerado o "PAI dos Poetas", o maior gênio da língua portuguesa pelo seu eruditismo. Sua obra é um verdadeiro legado literário para o mundo.

"Luís Vaz de Camões
(cerca de 152410 de Junho de 1580) é frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade." (Wikipédia)

"As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
(...)
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte"

Camões, Lusíadas, Canto I.
Estátua do poeta na praça Luis de Camões, ao Bairro Alto em Lisboa.


E este soneto:


Amor, que o gesto humano n' alma escreve


Amor, que o gesto humano n' alma escreve,
vivas faíscas me mostrou um dia,
donde um puro cristal se derretia
por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
por se certificar do que ali via,
foi convertida em fonte, que fazia
a dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
causa o primeiro efeito; o pensamento
endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera num momento,
de lágrimas de honesta piedade,
lágrimas de imortal contentamento.


(Camões)

Se você também gosta e conhece a obra de Camões, deixe aqui o seu verso preferido.

Uma feliz semana à todas e à todos os navegantes da globosfera.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Algumas fotos que fiz outro dia...

Hoje, apesar do sol brilhante lá fora, parece que o mundo está nublado... não sei, estou melancólica, sei lá. Me sinto um pouco estranha, não sei...!

O pássaro solitário...


A praça sem
movimento...

Não sei...

Esperar?
Talvez...


O que faço?

Um espiral parado!?

É um símbolo, ou um sinal?

Não sei... cansaço? Talvez.

Fotos por: Izelda Maia

Es-pe-ran-ça e poesia...

Eu fico encantada ao ler Mário Quintana, para mim seus poemas são mágicos, ao mesmo tempo que nos remete a realidade, conseguimos viajar na poesia.


Esperança


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


Mário Quintana


Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118

UM HOMEM MEIA BANDA

Sou um homem meia banda.
Sempre lutei pelas coisas que para mim
por mais simples que pudessem parecer, tinham (e tem)
valores imensuráveis.

Um animal ferido e desnutrido...
um pássaro, o seu canto... Um simples jardim.

Oh, Deus! Eu plantei tantos!
Reguei com tanto amor, carinho e tão delicadamente
retirei os predadores naturais de suas folhas, com o cuidado
necessário para não quebrar seus galhinhos tão frágeis,
nem destruir suas flores ainda tão por vir.

Uma criança, uma poesia... Uma canção... Um sorriso.
Uma árvore, um pardal... Um lago...Um rio.
O natal, o ano novo, um amigo, um peito abrigo...

Sou um homem meia banda.

Porque uma das coisas mais simples e tão comum
ao mais reles ser mortal, e que para mim
tem um valor inestimável, não tenho mais...

Família!

Lutei tanto para construir um ninho...
Noites acordado às vezes cantando (outras chorando), de dia trabalhando no afã de dá-lhes uma vida melhor - a que eu não tive.

Sou só!

E procuro em mim, toda a responsabilidade
por isso, da forma que tantas vezes foi pregado,
e só encontro... Lágrimas?

Mas ainda tenho a dádiva de poder abrir os olhos
e contemplar o passado e a saudade, no horizonte distante
e solitário de um pôr-do-sol melancólico.

Deus em sua fúria desumana,
não apagou minha memória e nem tão pouco tirou de mim a possibilidade inalienável de amar.

Por favor, filhos.
Estejam mais presentes na vida de seus pais, mesmo
que não coabitem juntos.

Por favor, pais.
Sejam menos ausentes na vida dos
seus filhos.

Para que não aconteça que chegando sorrateiramente
“a senhora morte" e nos entrelaçando com seus braços
infinitos, não nos arrependamos de não termos tido mais tempo...

Para dizer: - oi!

“Eu sei da tua dor e não vou compará-la
a dor nenhuma e nem tampouco
tentar minimizar o que sentes.
Somente sinto-a em mim”.

- Perdão!

- Estou aqui!

- Te amo!

- Você, é muito importante para mim, e eu
me importo muito com você.

Amigos (as)
Larguem tudo que estiverem fazendo agora e voltem pra casa, dêem um abraço em seu pai, um beijo em sua mãe e digam aos seus irmãos: “eu amo muito todos vocês!”


 

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