quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Poesia...

Mais uma bela poesia do nosso grande amigo poeta, Romério Rômulo...



rio acima duas canções se fazem.

alargado meu peito desfalece.

que arcos hão de vir, sombriamente,

falar, cerrado puro, do meu lastro?


e se os risonhos da manhã me deceparem?

acaso sou poesia ou sou manhã?

acaso uma nascente é tão nascente

que só se faça romper pela clausura?


vou de saberes, que saberes estes

são uivos que caminho pelas águas

e águas são de um sólido mais brusco

que desfalecem os ranços já chegados.

cauda selvagem, se me sobra toda

a vida por parir mais que selvagem.


(raso de delírio: o meu cão morto)

romério rômulo

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

pés na areia do jardim das almas perfumadas...

Hoje trago aos visitantes do córrego de areia, uma poesia de carlinhos medeiros, onde fala do amor fraterno, dos bons sentimentos que cultivamos em nossos corações.

Dedico este soneto aos amigos e amigas mais assíduas a este jardim perfumado com a presença de todos vocês...



alma perfumada

há pessoas que tem alma perfumada
de um fragrante que ninguém jamais cheirou
durante toda a vida semeou
o amor, e essa paz tão desejada.

nunca deu as costas a um amigo
seu sorriso, sempre belo em seu rosto,
mesmo nesse mundo de desgosto
essa alma é o mais perfeito abrigo

para as almas cansadas e sem cor,
que murmuram seus ais de dor em dor
e não tem um minuto de descanso

essa alma é mel, é passarinho
é a lua florindo em nosso ninho
harmonia e a paz de um remanso.


Publicado no Recanto das Letras em 04/10/2006
 

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