um balanço.
um sonho...
um momento de descanso.

...uma vida.
um caminho à vista.
a porta aberta... Será chegada?
ou quem sabe partida...
Foto e verso: Izelda Maia
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Poemas, mensagens e relatos da vida.
"Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida."
Fernando Pessoa

IIkebana (生け花, "flores vivas") é a arte japonesa de arranjos florais, também conhecida como Kado (華道 ou 花道, Kado) — a via das flores.
Ikebana é uma arte floral que teve origem na Índia onde os arranjos eram destinados a Buda, e personalizada na cultura nipônica, pela qual é mais conhecida.
Em constraste com a forma decorativa de arranjos florais que prevalece nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor.
Enquanto que os ocidentais tendem a pôr ênfase na quantidade e colorido das cores, dedicando a maior parte da sua atenção à beleza das corolas, os japoneses enfatizam os aspectos lineares do arranjo.
A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, caules, folhas e ramos, além das flores.
A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade.
O Ikebana começou como uma espécie de ritual oferecendo flores feitas em templos budistas no Japão durante o sexto século. Nessas modalidades, tanto as flores e os ramos foram feitos em direcção ao ponto céu como uma indicação de fé.
Um estilo mais sofisticado arranjo de flor, chamada rikka (flores permanentes), apareceu no século XV. O estilo rikka reflecte o esplendor da natureza e da sua exibição. Por exemplo, pinho e ramos simbolizam rochas e pedras, crisântemos e branco simbolizam um pequeno rio ou riacho.
As alterações mais significativas na história do Ikebana tivetam lugar durante o século XV, quando o Muromachi shogun Ashikaga Yoshimasa (1436-1490) governou Japão. Os grandes edifícios e pequenas casas que haviam construído Yoshimasa expressam o seu amor pela simplicidade.
Estas pequenas casas contidas tokonoma, onde as pessoas pudessem colocar objectos de arte e de arranjos florais. Foi durante este período que as regras de Ikebana foram simplificadas, para que pessoas de todas as classes pudessem desfrutar da arte.
Outro acontecimento importante ocorreu no final do século XVI. Um estilo mais simples de arranjo de flores chamado nageire (significando que jogar no interior ou no arremesso) surgiu como parte da cerimônia do chá. De acordo com este estilo, flores são dispostas num vaso natural quanto possível, não importando os materiais que são utilizados. Devido à sua associação com a cerimônia do chá, este estilo também é chamado cha-bana (茶花, literalmente "chá flores").
Em 1890, pouco depois da Restauração Meiji (um período de modernização e ocidentalização do Japão), desenvolveu-se um novo estilo de Ikebana denominado moribana, ou "empilhadas flores-up". Este estilo surgiu em parte devido à introdução de flores ocidentais e em parte devido à ocidentalização do Japão vida.
O moribana estilo, que criou uma nova liberdade em arranjos de flores, é utilizado para uma paisagem ou um jardim cena. É um estilo que pode ser desfrutado onde é exibido e pode ser adaptado para situações formais e informais.

CASINHA DE BONECA
Um dia ela guardou os seus segredos,
Porque sentiu que o amor ao longe vinha,
Trancou no quarto todos seus brinquedos
E o sonho da boneca e da casinha.
E foi buscar aquilo que não tinha...
No alegre faz-de-conta dos seus dedos
Contou tristezas e chorou sozinha,
Depois sorriu das mágoas e dos medos.
Passou o tempo e ela seguiu a sina,
E assim, com a decência que ilumina,
Também andou por aonde o mal caminha...
Quanta ternura tem essa velhinha,
Que fica no seu quarto de menina
Brincando de boneca e de casinha!







