sexta-feira, 13 de julho de 2007

(in) cômodos

Ontem estive em minha terra natal visitando meus familiares, e ao voltar para casa comecei a relembrar o passado: a casa dos meus pais, dos tios e primos, lá no Córrego de Areia , onde vivi minha infância. Nessas lembranças, veio-me à mente, uma prima que há tempos não vejo e que quando criança adorava desenhar e escrever poesias. Resolvi fazer uma busca na internet de algum trabalho seu, e eis aqui o resultado da pesquisa:


(in) cômodos

A saudade não cabe
nessa casa de tão grandes cômodos.
Nunca vivi aqui e a tenho,
do que poderia ter sido.
Uma manhã, um café, um carinho.
Um cavalo amarrado na árvore
trazendo noticias de um mundo
que não existiu para mim.
Um mundo aprisionado nos retratos
de moldura oval, quase sem sorrisos.
Em continência diante da vida
que passou, como também passará.

A tia bisavó parece frágil e triste
E seu retrato de moldura oval
precisa de urgentes reparos.
Sua lembrança, quase apagada
pela umidade do inverno
pelos que foram embora.
Mas eu estou aqui
trago um sorriso
meio condolente, alguns genes
sei quem é você. E por isso
não estais mais sozinha

Arlene Holanda

Quantas saudades...

7 comentários:

  1. Olá Izelda, apesar de dedicar um bom momento a ler o poema, não acabei de entender seu significado general....mas bom, gostei da frase do cavalo, amarrado numa árvore trazendo relatórios de um mundo que não existe.
    Bela imagem que interpretarei a minha maneira, já que assim são as poesias, para ser vividas em primeira pessoa.

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  2. Este poema não será uma grande saudade.
    Li e pensei nem sei porquê na minha avó que eu gostava tanto

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  3. Muito interensante tua história. já vejo és uma romântica empedernida igual que eu, por isso contactámos.A tradução do poema não é muito boa mas posso captar seu esencia.
    um beijo e um abraço de urso
    Tudo bom teus filhos?
    Teu nena pequena quantos anos tem??
    feliz fim de semana e abraços a carlos

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  4. Olá,

    Obrigado pela tua visita ao meu cantinho, e pelo comentário lá colocado.

    Bom fim de semana

    Beijinhos

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  5. Olá Izelda,

    é sempre muito bom recordar os momentos vividos na nossa infância.
    Trazem sempre uma sensação de alegria, saudade, bem-estar.

    Desejo-he uma excelente semana :)

    Beijos da Pekena***

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  6. Hola Izelda,
    Cuanto tiempo sin sabes de ti.
    De vacaciones?

    un beso a ti y a Carlos

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  7. Queridos amigos e amigas:

    Joan, sempre que vem aqui me deixa muito feliz.
    O poema é meio solto, mas como você mesmo disse, são assim as poesias.
    Um abraço amigo.
    -------------------------------

    Viver um novo fim, obrigada pela visita, gosto quando vejo você por perto.
    Um abraço iluminado.
    --------------------------------

    Querida Carolina, quanta alegria me trazes com tua visita.
    O poema fala de saudades...
    Sim, sou uma romântica incurável, somos parecidas neste aspecto.
    As meninas estão bem, obrigada. A nina pequena tem 8 anos, a Cecília.

    Abraços à ti e ao joan de mim e de Carlinhos.
    Beijos.
    ---------------------------------

    Caro Mario Margaride, obrigada pela retribuição da visita, seja sempre bem vindo.
    Um abraço.
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    Pekena, obrigada pela visita e pelos versos deixados ao meu singelo espaço. Volte sempre.

    Um abraço.

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