terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma poesia, um presente.

Uma amiga, uma dádiva...

Outro dia recebi por e-mail uma poesia de uma amiga muito querida, que agora também é acadêmica da ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Neste post quero homenageá-la por ser uma das presenças assídua do Córrego de Areia.

Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, escritora e cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, é nordestina de fibra, poeta e uma grande mulher.
A você amiga, meus parabéns, e muito sucesso sempre.



A Morte da Ingazeira


Às margens do rio Pai Mané

Soberana e altaneira,

Em meio a tantas árvores

Destacava-se uma ingazeira.


Sua beleza era tanta

Que roubava a atenção

Daqueles que passavam

Por aquela região.


O meu olhar encantado,

Admirava sem cansar

A obra da natureza

Ornamentando o lugar


Passei algum tempo fora

Mas dela nunca esqueci

Quando voltei a cidade,

P’ra revê-la então corri


Qual não foi minha tristeza,

Qual não foi minha agonia,

Em vez da árvore frondosa,

apenas um esqueleto havia


Aquele esqueleto é o símbolo,

Da farta destruição,

Motivada pelas queimadas,

Prática em nosso sertão.


Dalinha Catunda



5 comentários:

  1. Izelda,
    Pode ser um poema de cordel, mas é o retrato da realidade... e se fossem só as queimadas!!!
    E Dalinda Cunha dá-nos o seu testemunho neste poema.

    Um grande abraço

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  2. A denúncia é sempre necessária sob todas as formas.
    Um abraço.

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  3. Acabo de sair do blog "Cultura Nordestina", onde o Marcos abordava justamente a literatura de cordel. Lá, assim como aqui, declaro o mesmo amor à cultura maravilhosa traduzida na literatura de cordel. E faço a mesma observação, como seria bom se a nossa juventude conhecesse e admirasse mais a cultura do nosso povo, da nossa terra e não se vendesse com tanta facilidade ao 'fast-food' americano.

    Beijo, amiga!
    Saudade

    Estou blogando novamente. Ressuscitei o Brisa do Sul.

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  4. BLANCANIEVES SE DESPIDE DE LOS SIETE ENANOS

    Prometo escribiros, pañuelos que se pierden en el horizonte, risas que palidecen, rostros que caen sin peso sobre la hierba húmeda, donde las arañas tejen ahora sus azules telas. En la casa del bosque crujen, de noche, las viejas maderas, el viento agita raídos cortinajes, entra sólo la luna a través de las grietas. Los espejos silenciosos, ahora, qué grotescos, envenenados peines, manzanas, maleficios, qué olor a cerrado, ahora, qué grotescos. Os echaré de menos, nunca os olvidaré. Pañuelos que se pierden en el horizonte. A lo lejos se oyen golpes secos, uno tras otro los árboles se derrumban. Está en venta el jardín de los cerezos.

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  5. Oi minha amiga,
    Que bom merecer uma postagem em seu blog.Estou realmente muito feliz.

    que Deus te conserve assim, essa pessoa generosa que abre sempre suas portas para a cultura.
    Beijos,
    Dalinha Catunda

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