quarta-feira, 23 de maio de 2007

Perdão

Aceitei o honroso convite da Izelda para compartilhar com ela este belo espaço denominado Córrego de Areia e inauguro minha participação com essa bela poesia que fala de um dos mais nobres sentimento humanos:


O Perdão

Tu te proteges sob as asas do perdão,
porque tal gesto amenisa, se sofreres!
De alma leve, partes para, novamente,
Errar, magoar, e depois, te arrependeres!

Se os teus lábios, qual aragem matutina,
Fossem obreiros, combatendo o mal, a dor...
Todos teus sonhos, povoados de ternura,
Seriam ecos dos teus gestos de amor!

- Eu desejo te pedir perdão, por tudo!
Este recurso, embutiste em tua mente...
E o teu fardo de desculpas, por errares,
Pode abater-te, pois já pesa, imensamente...

3 comentários:

  1. Bela e profunda poesia!

    "- Eu desejo te pedir perdão, por tudo!" ...

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  2. O perdão eleva a alma...

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  3. MAREMOTO SEM MARÉ

    Tudo o que dizes
    Faz-me sentir
    Como se não aguentasse em pé sozinho
    Num mundo melhor que eu.

    Porque é que dito por mim é entulho banal?
    Não sou falso, nem mera cópia do que me persegue,
    Sou eu,
    Estás é farta de me conhecer.

    Deita-te e fecha os olhos, para sempre, se necessário
    Sem magoar a memória, sem adversários imbatíveis
    Que verei ao acenar de longe,
    Contendo o instinto e as novidades de que tenho saudades.

    Dando a volta outra vez
    Vejo com a clareza da luz solar
    A apoteose de desilusão que os relógios roubavam ao tempo,
    Tu sabias porque eras tu quem o sentias.

    Quando chegou foi como se perdesse a força e
    Encontrasse a paz no silêncio dum destino em anarquia,
    Não soube fazer-te o bem de não fazeres nada e
    Agora as luzes fundem-se debaixo da minha pele.

    É a tua vez de escolher sozinha
    Se procrias verdade ao respirar,
    Pois iludes-te sem saber que as
    Moedas neuróticas têm mais de sete faces.

    Assim contradigo a calma deste maremoto
    Onde aprendi e sei tanto quanto qualquer outro:
    Que flores não mudam nem morrem sem motivo
    Em aparentes horas de aplausos e leves pestanejares.

    Imagino então uma troca,
    Será que aguentavas o desabrochar, o auge e a queda
    Do rochedo e enorme fardo de amor
    Em que te tornei?

    Foi tão óbvio quanto inesperado, tão fácil para ti que meteu dó,
    Mal o sol fraquejou desapareceste para outra utopia,
    Mentiras teriam sido evitadas
    Mais os dramatismos exagerados dum poema mal escrito.

    2003
    in FOTOSINTESE



    WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM

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