quarta-feira, 9 de maio de 2007

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e a miúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

(Vinicius de Moraes)

Um comentário:

  1. Querida Amiga Izelda,

    Lindo este cântico de amor de Vinicius de Moraes. Simplesmente belo...

    Deixo-te um beijo amigo, com votos de feliz dia de Reis.

    Maria Faia

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