José Guilherme de Araújo Jorge
Esperança
Não! A gente não morre quando quer,
Inda quando as tristezas nos consomem.
Há sempre luz no olhar de uma mulher
E sangue oculto na intenção de um homem.
Mesmo que o tempo seja apenas dor
E da desilusão se fique prisioneiro.
Vai-se um amor? Depois vem outro amor
Talvez maior do que o primeiro.
Sonho que se afogou na baixa-mar,
De novo há de erguer, cheio de fé,
Que mesmo sem ninguém o suspeitar,
Volta a encher a maré.
Não penses que jamais hás de achar fundo
Nem que entre as tuas mãos não terás outra mão.
Pode a vida matar o sonho e o sol e o mundo,
Mas não nos mata o coração.
(Poesia de Maria Helena,– extraído do livro
Concerto a 4 mãos - de JG de Araujo Jorge - 1959 )
Nasceu em 20 de maio de 1914, na Vila de Tarauacá, Estado do Acre. Filho de Salvador Augusto de Araújo Jorge e Zilda Tinoco de Araujo Jorge.
Descendente, pelo lado paterno de tradicional família alagoana, os Araujo Jorge, e pelo lado materno dos Tinocos, dos Caldas e dos Gonçalves, de Campos, Macaé, e S. Fidélis, Estado do Rio.
Passou sua infância no Acre,
Em 1932, No Externato Colégio Pedro II, em memorável certame, foi escolhido o " Príncipe dos Poetas", sendo saudado na festa por Coelho Neto, "Príncipe dos prosadores brasileiros" recebendo das mãos da poetisa Ana Amélia, Presidente da Casa do Estudante, como prêmio e homenagem, um livro ofertado por Adalberto Oliveira, então " Príncipe da Poesia Brasileira".
Com irrefreável vocação política, foi candidato a vários cargos públicos. Elegeu-se Deputado Federal em 1970 pela Guanabara, reelegendo-se já para o seu terceiro mandato em 1978 .
Ocupou a vice-liderança do MDB e a presidência da Comissão de Comunicação na Câmara dos Deputados.
Politicamente participou sempre das lutas anti-fascistas, como democrata e socialista. Lutou, ainda estudante, contra o "Estado Novo". Foi preso e perseguido várias vezes durante esse período . Deixou de ser orador de sua turma por estar detido na Vila Militar, sob as ordens do Gal. Newton Cavalcanti, durante todo "estado de guerra" de 1937.
Foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático.
Foi um dos poetas mais lidos, e talvez por isto mesmo, o mais combatido do Brasil.
Faleceu em 27 de Janeiro de 1987.
izelda:
ResponderExcluirestou retomando minhas caminhadas
ao "c�rrego".
um abra�o.
rom�rio
Seja sempre bem-vindo!!!
ResponderExcluirSua presença deixa a correnteza deste córrego cheio de alegria e versos.
Grande e fraterno abraço.
PAZ e LUZ sempre...
Ah o Romério está aí e eu preciso de falar com ele...
ResponderExcluirIzelda, esse poeta eu já conheço muito bem e precisamente este poema que acho uma maravilha.
"...Pode a vida matar o sonho e o sol e o mundo,
Mas não nos mata o coração."
Um abraço e bom fim de semana.
hola de nuevo, que bonito poema que tengas un buen fin de semana
ResponderExcluirMinha querida Izelda, adorei o poema!
ResponderExcluirSEmana muito feliz e em boa companhia.
Oi, Izelda:
ResponderExcluirQue lindo alento esta poesia do JG de Ara�jo Jorge.
Estava com saudades daqui, perdoa o sumisso. � que �s vezes precisamos nos recolher para n�o contagiar os outros com nossa amargura, ainda mais sabendo que ela � passageira.
Beijo
Re
Izelda, passei só para te desejar um bom fim de semana e deixar-te um abraço.
ResponderExcluirÉ que só vou estar cá depois de amanhã.