GEME E CHORA A NATUREZA... FESTVERSO 2006
Merlãnio Maia X Menino Poeta
MM:
Meu nome é Merlânio Maia,
Honrado em sua presença!
Cidadão do Universo,
E a poesia é a minha crença!
Poeta menor das eras,
Violeiro das quimeras,
Estes são os traços meus!
Cantador da excelência,
Da grandeza e da ciência
Das coisas que vem de Deus!
MP:
Sou poeta do sertão,
Repentista de lamentos!
Cantando meus sofrimentos,
Coisas do meu coração!
Agradeço a proteção
De Jesus Nosso Senhor,
Que me cobre em seu amor,
Faz do meu verso alegria!
Minha Mãe, Virgem Maria,
Protege este cantador!
MM:
A Humanidade delira
E degenera a ciência.
Abusa da inteligência,
Com seu ódio e sua ira.
Faz do mal a sua lira,
Há tanta ogiva no chão,
Que, unidas, destruirão
Cem planetas com certeza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
De todo animal vivente,
Só nós podemos pensar.
Mas não soubemos usar
Nosso dom sabiamente!
Cada dia mais, a gente
Vem causar destruição.
Com guerra e poluição,
Matamos toda a beleza:
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MM:
No seu imo, a Terra chora,
Vendo a vida se esvair!
E o homem, mau, destruir
Toda a Fauna e toda a Flora!
A ganância só devora,
Mata a mata e seca o chão!
O mar vai virar sertão,
Sertão vai ser chama acesa:
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
Pode se acabar a Terra
Hoje, de várias maneiras,
Tamanhas são as besteiras
Do homem, que faz a guerra!
Faz veneno e moto-serra,
Bota fogo em plantação,
Mata até o próprio irmão
Sempre em busca de riqueza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MM:
Santos Dumont, o inventor,
Não agüentou e morreu!
Só porque o invento seu
Virou arma de terror.
Das asas cai o pavor
Das bombas, cuja explosão
Penetra no coração
Da Terra, qual chama acesa!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
O ar está envenenado,
Os mares pedem clemência!
O homem faz da ciência
O mais terrível pecado!
Aí vem o resultado:
Tamanha desolação.
Depois de tanta agressão,
A terra perde a grandeza,
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MM:
Indústrias poluem rios,
Navios poluem o mar,
Tanto incêndio infesta o ar,
Veneno desce aos baixios!
São grandes os desafios,
A Terra perde o pulmão!
E o homem, já sem razão,
Inda amealha riqueza!...
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
Não só a Fauna e a Flora
Padecem com esse mal!
O progresso industrial
Ao homem também devora.
Entre os povos, já vigora
A lei da desunião.
E essa vil poluição
Nos destrói a gentileza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MM:
Quem herdar este planeta
Herdará dor, sofrimento,
Muita tristeza e lamento,
Tanta sede e a peste preta,
Vírus feitos em proveta,
Doenças em profusão!
Tudo que é mutilação,
Da genética à torpeza!...
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
Por sermos cruéis em vida,
Nossos filhos, nossos netos
Serão herdeiros diretos
De uma Terra destruída!
Depois que for concluída
Nossa vil destruição,
A futura geração
Só nos herdará tristeza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MM:
Morrem os rios, cantando,
Morre a mata, morre o ar,
Morrem os peixes no mar,
Que o plâncton vai se acabando!
O ser humano, ceifando
A vida do seu irmão,
É o demônio da ambição
Buscando a torpe riqueza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
Tsunamis pelo mar,
Terremotos pela terra!
São essas armas de guerra
Que o planeta vai usar
Pra poder nos expulsar
Do seu próprio coração,
Feito um bom cirurgião,
Extirpando uma impureza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MM:
Oh! Grande Mãe, doce Terra,
Não permite aos filhos teus,
Distanciados de Deus,
Virar filhos da guerra!
Nos toma nas mãos e encerra
Chama a força do tufão!
Ensina ao filho malsão
Teu poder e realeza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
MP:
Terminando, vou dizer
Que só há uma saída:
Temos que mudar de vida,
Pro planeta não morrer!
Vamos deixar de fazer
Guerras e poluição
E tratar o nosso chão
Com carinho e com nobreza!
Geme e chora a Natureza,
Por tanta má criação!
Mote de Seu Ribeiro