sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Es-pe-ran-ça e poesia...

Eu fico encantada ao ler Mário Quintana, para mim seus poemas são mágicos, ao mesmo tempo que nos remete a realidade, conseguimos viajar na poesia.


Esperança


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


Mário Quintana


Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118

4 comentários:

  1. sem contar que às vezes nos premia com um choque de realidade.
    Conheci Quintana aos 15 de idade. Há outros 15 redescubro o pueta ao reler os seus escritos.

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  2. Que lindo...
    A Esperança dá vida

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  3. Obrigada pela visita, gosto muito de te ver por aqui.

    Um grande abraço e um feliz fim de semana.

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  4. Ricardo, obrigada pela visita, volte sempre que desejar.
    Um abraço.

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