O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade(Amar se aprende amando)
Drummond sempre profundo e atual.
ResponderExcluirGostei muito da foto do Carlinhos. Que ma-ra-vi-lha!
Boa sorte, guria, nas pelejas políticas.
Bjs
Re
Obrigada, Re!
ResponderExcluirConfesso que a peleja política aqui está acirrada.
Abraço.